No ano de 1853, em Munich, na Alemanha, encarnava uma criança batizada pelo nome de Adolf Friederich. Foi para Polônia aos quatro anos de idade, pois seu pai tinha asma e os médicos recomendam-lhe mudar de clima. Era uma família rica em bens materiais e pobre de amor. Desde cedo foi privado da presença de sua mãe, pois desencarnou cedo, e logo depois seu pai, ficando tutelado pelos avós.
Por causa de alguns desentendimentos entre os avós Adolf passou a lutar com dificuldades para estudar tendo que trabalhar desde cedo. Enquanto juntava ração, feno e alfafa numa fazenda pertencente à faculdade para poder pagar seus estudos, levava consigo os livros que versavam sobre medicina.
Mas para o jovem Adolf, que desde a infância quis ser médico isso não foi obstáculo e dedicou-se muito para acompanhar os estudos difíceis na Faculdade de Yverdun, na Suíça.
No auge da realização de seus sonhos, quando faltava um mês para se formar na especialização de cirurgia foi procurado por um general que trazia nos braços sua filhinha dizendo que precisava de uma operação rápida senão ela morreria. Assim foi feito, mas, dias depois a menina começou a arder em febre e por mais que ele envidasse esforços por noites incansáveis de vigília, adormeceu, e a menina faleceu. O general o culpou do acontecido e o manteve preso em prisão subterrânea, e na solitária açoitou-o e torturo-o por longo tempo.
Na prisão Adolf permaneceu por alguns anos trazendo no coração uma mágoa e que foi por vezes amenizada pela luz do espírito de uma criança que o visitava na prisão, era a filha do general desencarnada.
Um dia, como que por acaso, sua cela amanheceu aberta e ele conseguiu fugir para a Estônia, onde passou cerca de trinta anos concluindo seus estudos na área de cirurgia.
Com aproximadamente 61 anos foi recapturado e mandado para o “front” da 1ª Grande Guerra Mundial como médico cirurgião.
Sua luta foi maior daí por diante, pois com poucos recursos conseguiu fazer diversas cirurgias utilizando parafusos de tanques de guerra, transplantando os membros dos soldados feridos. E na guerra durante um atendimento a pacientes em um acampamento-hospital improvisado, um estilhaço de explosão de granada o atingiu, levando para o plano espiritual aquele eminente médico em 29 de Novembro de 1918, com 65 anos de idade.
O ódio e a mágoa que trazia, bem como as lembranças da guerra fizeram com que Adolf não enxergasse nada além da dor e sofrimento à sua frente, até que um espírito amigo com seus trajes de franciscano começou a fazer-lhe visitas constantes, orientando-o sempre a ter esperança e fé em Deus, e ia embora. Até que um dia Adolf inquiriu de quem se tratava, e o enfermeiro franciscano com doces palavras disse-lhe:
“Meu nome é Fabiano de Cristo seu irmão, reconhecido em Jesus.”
“Eu preciso sair dessa escuridão eu quero luz, dê-me luz” – falou desesperadamente.
E Fabiano então respondeu com afabilidade e firmeza:
“Se você quer luz meu filho, então faça luz”.
E logo após entender o significado daquelas palavras, Adolf foi se preparando a fim de se livrar das trevas que trazia consigo até que foi conduzido à Casa Transitória Fabiano de Cristo, na espiritualidade onde o ódio e a magoa que estavam no seu coração desapareceram; dando lugar ao amor e a vontade de trabalhar no plano material, onde criaria uma casa de assistência tão bonita e caridosa quanto aquela.
Depois de passar por um longo tratamento e receber através do aprendizado as orientações, passou a trabalhar em favor do próximo.
Desde então Adolf procurou grupos de pessoas no Brasil, Terra amada de Fabiano de Cristo, para o cumprimento de sua tarefa e a construção de um hospital espírita com o nome de Fabiano de Cristo. Encontrou várias pessoas dedicadas ao bem e junto delas, vem desenvolvendo um trabalho bem feito com amor, compreensão e dedicação, junto aos pacientes de toda ordem. Fundou o Núcleo Espírita Cristão, junto ao médium Sergio Eduardo Miranda.
Adolf adotando o nome de Dr. Romano, para atender junto aos encarnados, ao lado de Fabiano de Cristo e Francisco de Assis, levanta bem alto a bandeira que é de Jesus, de Francisco e de Fabiano: a caridade.
Responsável pelos atendimentos médico-espirituais aos encarnados e desencarnados, fundou o NEC – Núcleo Espírita Cristão, sendo seu mentor, por intermédio do médium Sergio Eduardo Miranda.
Até o ano de 2003, atendeu aproximadamente cerca de 90 mil pessoas.
Na espiritualidade assume uma ala do grande complexo espiritual “Casa transitória Fabiano de Cristo”, atendendo também por diversos médiuns no Brasil.